Duas peças côncavas de tamanhos diferentes, permeadas por um longo fio de prata. Trata-se de um colar sem fecho que nos convida a brincar e descobrir as várias maneiras de vesti-lo: as peças podem ficar centralizadas como pingentes, ou nas pontas do fio de prata, por exemplo. O jogo de pesos existente entre as duas peças Côncavas oferece nova possibilidade: explorar movimentá-las pelo eixo central entre as chapas e ainda enrolar a corrente ao redor desse eixo que remete ao movimento de uma roldana. É uma peça que intriga as pessoas a tocarem nela e investigarem os movimentos que ela permite, por isso ale?m do seu valor autônomo, o Colar Convexos também ganha novas qualidades e significados conforme o uso que se faz dela, quem veste pode criar a partir dela suas maneiras de vestir, fechar, amarrar, enrolar, de tal maneira que o arranjo será fruto do seu gesto na busca pelo equilíbrio dinâmico da peça em seu corpo.
Prata | 100x2x1 cm | 2012
Da mesma família os Anéis Convexos tem um volume que parece pairar sobre os dedos, agradável ao toque e mais delicado no convite à aproximação, o anel apresenta as dualidades dos cheios e vazios internos e externos ao volume, do jogo de luz e sombra que penetra entre o dedo e o anel, através da tangência delicada entre a peça convexa e o aro. Este aro, por sua vez, e? esculpido para que as dimensões sejam agradáveis ao uso e compatíveis com o jogo de leveza e peso que o projeto almeja.
Na execução dessa peça há uma descoberta construtiva que permite que o fio de ouro não seja soldado, no volume de prata, mas sim encaixado. Esse fio não é apenas um detalhes ao acaso, mas um fio que encontrou abrigo na canaleta naturalmente formada no encontro das chapas abauladas de prata.
Prata e ouro | 3 x2x2cm | 2011